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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

30 Abr, 2018

1986

1986, série escrita por Nuno Markl, a ser transmitida na RTP , fez-me entrar na máquina do tempo, retroceder uns anos, numa viagem para voltar à memória dos meus anos oitenta. também houve eleições presidenciais, General Soares Carneiro, tendo como opositor outro General, Ramalho Eanes, no mesmo período ocorreu a morte trágica de Sá Carneiro em Camarate ao dirigir-se à cidade do Porto, a um comício de apoio a Soares Carneiro. Abrantes foi palco de alguns comícios, onde políticos se deslocaram até cá para receberem ajuda dos abrantinos. O edifício da antiga assembleia foi sede política de apoio aos partidos da AD, dali partia-se em carros que originavam caravanas, percorrendo as estradas do concelho, a logística e estratégias da colagem de cartazes, também tinha o seu ponto de partida no mesmo local. As noites quentes no verão, pejadas de jovens, cada qual na sua tribo, no muro da vergonha. A única loja de discos que Abrantes teve, Mike Louis, na rua do Arcediago. Obrigado Miguel! Foste um autêntico amigo e vendedor de artigos de primeira necessidade. As noites a ouvir na Rádio Comercial o programa Som da Frente, onde António Sérgio, punha a tocar as novidades geradas na cidade de Manchester. As discotecas de Abrantes nos fins de semana, as festas de verão nas aldeias até de madrugada. Fiz o serviço militar, houve as temporadas em Lisboa, as idas ao cinema, sessões contínuas no Quarteto, discotecas outra vez, foi uma juventude inquieta. No último ano da década casei, foi o culminar de emoções, aventuras com amigos, muitos dos quais não vejo há imenso tempo e de quem tenho saudades. Viajando novamente até à actualidade, conduzo uma máquina do tempo nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, foi importante até aos anos oitenta, onde terminou a função ao serviço da Fundação Calouste Gulbenkien, tendo a CMA a brilhante ideia, já nesta década, traze-la de novo para beneficio de todos aqueles que têm necessidade de consultar outras máquinas do tempo, nas viagens do passado, perspectivado as futuras, são os livros e todos os outros suportes. Obrigado Nuno!