A biblioteca ambulante, por pouco não tinha lugar para se demorar no largo S. João de Brito na aldeia do Tubaral, é quase sempre assim cada vez que as histórias mudam de lugar até aqui. Os aldeões, esperam a padeira, bebem o café no estabelecimento do Lola, também é lá, logo ao lado que se abastecem de géneros alimentícios, alternando com os vendedores ambulantes. A Clara tornou-se utilizadora da biblioteca, saiu com um sorriso no rosto, transportando os seus livros, sim agora são dela, até ao regresso da biblioteca, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra.
Já na aldeia da Foz, a biblioteca ambulante abrevia o seu movimento rápido, os aldeões regressam das suas hortas, debaixo dos braços trazem alfaces, couves acabadas de côlher nas suas hortas. Os legumes nestas, estão dispostos tal e qual os livros da biblioteca. Os canteiros semelhantes a estantes, as filas dos legumes no interior a prateleiras, as hortaliças os livros. A multiplicidade de canteiros, são idênticos aos diversos assuntos nas colecções. As viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, promovendo histórias para todos, pequenos e graúdos.
A manhã frouxa, tornou-se ousada na aldeia da Atalaia, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. A biblioteca ambulante e as suas histórias, aguardam no largo de São José pelos aldeões desta aldeia geograficamente situada no norte do concelho, na freguesia do Souto. Daqui avista-se o rio Zêzere, lá em baixo barcos navegam vagarosamente para montante ou juzante. Uns de recreio, outros com dois, três pescadores explorando as margens mais clandestinas, brigando com o achigã, originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América. Introduzido em Portugal em 1896 na Lagoa das Sete Cidades e no continente em 1952 (Wikipédia), este predador é um peixe muito apreciado no nosso concelho, sendo cozinhado frito ou grelhado. Podendo quem visite a biblioteca optar por escolher livros com conteúdos culinários, onde encontrará receitas com este peixe.
A chuva hoje de manhã, saída de um vaporizador refrescava quem andava pelas ruas da Aldeia do Mato, a aldeia ainda cheirava a sardinha assada no pequeno largo, junto dos assadores. A fonte do Padroeiro São Joâo adornada de flores de papel, o espaço enfeitado de fitas coloridas, tudo isto foi o resultado da acção dos aldeões em homenagem ao Santo. Uma festa simples para a comunidade, mas quem viesse de fora, era bem vindo, assim como a biblioteca ambulante o é, quando nas suas viagens por aqui estaciona com as suas histórias.