Reflexo
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Algo enfureceu o sol esta tarde, o astro liberta mais calor, na aldeia da Barrada os seus raios transmitem essa força ao atigirem os raros aldeões que percorrem a rua. No interior da biblioteca ambulante a corrente de ar que entra e sai pelas portas escancaradas desafia a temperatura de trinta e cinco graus. Tenho esperança que os leitores façam a mesma disputa, ao encontro das histórias que os aguardam.
A biblioteca ambulante continuou a sua viagem a outra aldeia, Arreciadas onde os mais novos dispõem das tecnologias da internet e a maneira de viver de outros se reunem no mesmo espaço, onde têm o mundo a seus pés, num abrir e fechar de olhos. Sejam bem-vindos todos eles(as)!
Lucrando a sombra do grande plátano, a biblioteca ambulante com as suas histórias esconde-se do sol, na aldeia de Vale Zebrinho, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Os ramos acelarados, pela acção do vento, com as folhas largas copiando leques, lançam ar fresco no interior da biblioteca. Este arrebatamento agradável, solta as letras do interior dos livros, as palavras desmembram as frases, as histórias misturam-se. O tumulto exagerado provoca um movimento oscilatório na biblioteca, as letras, as palavras, até os sinais de pontuação atulham todo o espaço ao redor. Nas prateleiras permaneceram as encadernações, as brochuras e as folhas dos livros. Espero impacientemente pelos leitores(as) para me acudirem nesta salada de letras!
Mais uma tarde onde o vento é protagonista, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, a biblioteca ambulante teve uma tarde preenchida. Na aldeia da Amoreira os frequentadores da biblioteca, despontaram com vontade de levar outras histórias. Na outra aldeia, Rio de Moinhos, a tarde foi completa com a Celeste e as duas histórias que leu para uma diminuta, mas estupenda plateia. A conversa ainda se prolongou em torno das histórias da pequenada, provocando os crescidos a formar e quase a chorar!