Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

07 Ago, 2018

Salto no tempo

IMG_20180807_152554.jpg

IMG_20180807_153352.jpg

 O sopro forte do vento arrasta objectos que vagabundeiam pela rua, uns até piruetas fazem em cima dos telhados, a temperatura baixou significamente, pode-se respirar sem ferir as narinas com ar quente. As águas da ribeira que atravessa o limite da aldeia do Monte Galego perderam o entusiasmo, as pedras do seu leito estão agora visíveis a quem passa. A biblioteca ambulante teve a visita do José, de manhã andou a regar o milho, após renovar as histórias a sesta fará com que o seu corpo repouse um pouco e dê um salto no tempo.

IMG_20180803_113912.jpg

A pouca distância do astro rei estar posicionado do seu ponto mais alto, a temperatura na aldeia da Foz, encostada ao norte alentejano, é de 41graus. Na biblioteca ambulante os livros e as suas histórias estão radiantes, andam nas mãos dos utilizadores, mesmo com o calor que se faz sentir, não desistem. As viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra também não!

IMG_20180802_105422.jpg

IMG_20180802_105434.jpg

Onze horas da manhã na aldeia da Atalaia, trinta e cinco graus no interior da biblioteca ambulante, de portas abertas ainda corre ar fresco. De certeza o último suspiro da madrugada, uma lagartixa percorre o muro, de um lado para o outro, a sua pequena cabeça não para sossegada, talvez um qualquer buraco a faça parar. O mini-mercado da Ilda tem freguesia e conversa para dar e vender. A biblioteca tem histórias para encantar.

01 Ago, 2018

Reanimar as pernas

IMG_20180731_160514.jpg

 A tarde na aldeia da Concavada, apresenta-se mais sufocante no interior da biblioteca ambulante, no termómetro os 37 graus, convidam a sair e a  reanimar as pernas no pequeno jardim no largo da aldeia. Espaço acolhedor e fresco, onde paineis de azuleijos exibem cenas quotidianas das profissões, dos trabalhos no campo e no rio, que outrora foram o ganha pão dos aldeões desta aldeia! O busto do António Botto, filho da terra, onde o seu pai foi mestre, nos barcos que navegavam no rio Tejo, contemporâneo e amigo de Fernando Pessoa, que viria a falecer no Rio de Janeiro vítima de acidente, embeleza o centro da aldeia.

Pág. 2/2