Já leste estes livros todos?
O relógio da torre sineira da igreja da Aldeia do Mato toca quatro vezes, o sol está quente, lá mais em baixo a água do rio está apelativa. Que bem sabia, um mergulho, libertar as poeiras do inverno que ainda não se foi embora, mas a primavera é teimosa e insiste na antecipação. Só nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, é possível encontrar os diversos estados da meteorologia. Os campos que acompanharam a viagem da biblioteca ambulante até esta aldeia, estão cheios de flores silvestres, cores amarelas, brancas, lilases, enchem de orgulho os nativos destes lugares, deslumbram o viajante das viagens e andanças, dão ânimo às histórias. As hortas estão limpas das plantas infestantes, canteirtos bem estruturados, e nivelados, aguardam pelas sementeiras e plantações. Após o estacionamento da biblioteca ambulante, a água fresca da fonte saciou a sede, a outra fonte a que traz as histórias, quer saciar a falta de leitura destes aldeões, é por isto que não deixa de estar presente na aldeia. A serenidade do rio, mantém as casas desocupadas no lugar do Bairro Cimeiro, sentados nos degraus dos seus lares os velhos olham o rio, cá de cima mais parece um grande lago, mas é só a grande parede do Castelo do Bode que o barra. Termino na aldeia da Carreira do Mato, um novo e pequeno leitor, questionou o viajante das viagens e andanças. - Já leste estes livros todos?