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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Wook.pt - Elefantes não Entram

Sinopse

Através de metáforas e comparações, esta narrativa realça a importância que as dificuldades e os obstáculos têm no crescimento humano. A palavra AMIZADE cresce a cada virar de página e os obstáculos e medos superam-se quando os amigos caminham juntos, porque é isso que os amigos fazem uns pelos outros. A multiculturalidade e as várias espécies convivem em harmonia, acrescentando valor ao olhar sobre os outros, questionando sempre a nossa capacidade de aceitar, resolver, fazer, incluir, acolher, fazer acontecer e criar universos onde "TODOS SÃO BEM-VINDOS". NESTE LIVRO NÃO ENTRAM DESMANCHA-PRAZERES! Se precisarem de ajuda, o nosso elefante indica-vos o caminho.

O Bichinho de Conto, outubro de 2017

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Não fosse o assunto do momento, a chuva que tem caido nos últmos dias seria a protagonista, mais pela impossibilidade de quem se deslocaria para o Algarve a fim de gozar esta semana de férias, vir a  usufruir das águas temperadas da região. E não pela causa benéfica da mesma para a agricultura, um sem fim de cursos de água, vão assim manter o seu contributo para a rega dos terrenos e bem estar de todos nós. Os sinais do tempo são outros, mas este tempo teima em voltar ao que foi, é cedo, não sei, só quem estuda o tempo o poderá dizer com mais precisão, será que o tempo está a viajar ao passado? Nós até vermos, não conseguimos, só a memória nos transporta para tais sítios há muito ultrapassados pela nossa passagem. E o tempo estará a fazer esse retrocesso? Conseguirá o tempo voltar a trás? 

Wook.pt - Sobre o Autoritarismo BrasileiroSinopse

Uma viagem urgente e esclarecedora pelos subterrâneos da história brasileira. Ao longo de oito capítulos, Lilia Moritz Schwarcz, uma das mais conceituadas historiadoras do Brasil contemporâneo, explora temas tão determinantes quando fraturantes na história do Brasil: o racismo, a desigualdade social, a corrupção, a violência, a escravatura, a intolerância.

Aqui se encontram algumas das raízes do autoritarismo brasileiro, na sua maioria originárias dos tempos coloniais e frequentemente mascaradas por uma mitologia nacional construída ad hoc e que obscurece uma realidade marcada pela lógica da dominação.

Objectiva, março de 2020

07 Abr, 2020

Hoje não vens

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Todos os dias quando acordo, a minha primeira vontade é dirigir-me à janela do quarto observar o rio. A serenidade com que me acena lá em baixo conforta-me, diariamente as manhãs têm início com uma caminhada ao rio, ele fala comigo e eu com ele. Tem alturas que quase tocamos as mãos, noutras bem nos esforçamos a distender os braços sem resultado nenhum. Muitas vezes os lamentos do rio provocam-me tristeza, houve um tempo que não trazia água nenhuma no seu leito, cheirava muito mal, temi pela sua sobrevivência. Depois os atos e atitudes, de quem lhe proporcionava mau estar modificaram-se em consequência de vozes exaltadas, que como eu também amam o rio. Aparentemente a normalidade regressou, embora em certas manhãs ele se queixa que as suas águas poderiam estar mais limpas, há dias atrás confessou-me que tem saudades dos pescadores que se abeiram dele. Dos lançamentos das linhas de pesca que atingem distâncias longas, os peixes são matreiros, muitos são desconfiados e não se iludem facilmente pela minhoca com trejeitos e movimentos sensuais que se bambaleia toda vaidosa no anzol. Disse-me que as lampreias este ano estão mais folgadas, rumores vindos da superfície, segredaram-lhe que está difícil saborear o vertebrado aquático ciclóstomo, em virtude do comércio da restauração estar encerrado. Também os patos Mandarins, exímios nadadores, não se cansam de atravessar o rio entre as duas margens, trazendo à memória as canoas deslizando rio acima e rio abaixo, impulsionadas com vigor por remadores com movimentos regulares atingindo grandes velocidades. Hoje não fui ao rio, uma das raras ausências, motivada pela chuva persistente, mas acenei-lhe, distraído e alegre pela água que cai, preenchendo mais o seu leito, lá bracejou, com um ar de interrogação, hoje não vens?

 

Wook.pt - Danúbio

Sinopse

Danúbio, de Claudio Magris, é um dos grandes romances europeus do nosso tempo —um romance classificado na categoria de literatura de viagens, cujo tema principal serve de pretexto para explorar e dissertar sobre a cultura centro-europeia, ou seja, da Mitteleuropa. Danúbio obteve o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes em 2004. No entanto, o romance foi escrito durante o período do alargamento da União Europeia, no início dos anos oitenta do século XX. Magris serve-se do Grande Rio que a travessa a Europa Central como se fosse o fio de Ariadne, isto é uma linha de orientação para atravessar o conjunto de culturas e etnias que se entrecruzam, sobrepõem mas raras vezes se misturam ou diluem umas nas outras insistindo, pelo contrário, no esforço de preservar uma identidade cultural face à força do federalismo e da standartização cultural e económica. Essa viagem através do Danúbio (atravessando a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a antiga Jugoslávia, a Roménia e a Turquia), o grande rio europeu, é a viagem pela história e pelo imaginário do nosso continente. Uma obra-prima.

 Quetzal Editores, maio de 2011

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A pálida manhã contrasta com a exposta na fotografia, a memória não se recordava já desta imagem, apagou-se assim como tantas outras, não fosse a máquina que as faz durar, tê-la guardado. Como esta tenho outras mais, alvos da máquina que dispara desenfreadamente sob o comando do meu polegar, hoje iniciei o dia a rever imagens de um passado não muito distante, mas bastante diferente da atualidade socialmente. Imagens de viagens, de aldeias, de pessoas, de panoramas diversos. Rios, os afluentes que rasgam planícies, que descem planaltos, com águas mais alegres, outras mais lentas, ou até leitos onde as pedras roliças ainda têm esperança de voltar a estarem cobertas pelas águas. Os vales largos, onde nos seus regaços se desenvolvem inúmeras atividades rurais, a pastagem, a agricultura, os animais e aves selvagens, indiferentes, continuam a caçar e a progredir na existência das suas espécies. A charneca com a sua vegetação silvestre, mais densa, ocultando mistérios, narrações deformadas pela imaginação das pessoas que não se cansam na oralidade de transmiti-las de geração em geração. São como a máquina que guarda as imagens e quando necessário lá estão para quem quiser ouvir.  São também máquinas do tempo, histórias vivas das aldeias que habitam, a maioria não sabe ler nem escrever, ainda assim a informação que obtiveram consegue perdurar. A biblioteca ambulante é uma possibilidade para que as histórias não morram.

Wook.pt - Hei, Big Bang!

Sinopse

As ideias gostam de jogar às escondidas.
Não são invisíveis, mas podem ser difíceis de ver!
No início aparecem-nos como uma sombra e escorregam-nos das mãos.
Mas se as deixamos correr livremente - como um cavalo corre pela praia fora - pode ser que as consigamos ver com nitidez.

Esta é a história do cavalo Big Bang e de uma coisa intrigante que o perseguia…

(Uma coisa? Mas qual coisa?)

 Planeta Tangerina, setembro de 2019