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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Wook.pt - O Homem Que Escrevia Azulejos

Sinopse

A Cidade e a Montanha vigiam-se mutuamente, num jogo de espelhos e de contrários, numa geometria de centros e periferias, num enredo de poderes e de ocultações, onde muitas são as maneiras de viver a clandestinidade e muitas são as clandestinidades: escondidas, distantes; umas, vividas; outras, à vista de todos. Dois homens, Marcel e Norberto, atravessam, juntos, todo o tempo de uma vida. Escolheram, para viver, a ficção, e é nela que são clandestinos. Com eles vêm encontrar-se João Francisco e Otília. Ele, violinista e professor de música, ela, a sua jovem neta, ambos na busca incessante do sublime, também eles recusados pela realidade. Um homem que escrevia azulejos - que reencontrou a utopia e gostava da sátira - reparou neles e pintou-os com palavras.

Quetzal Editores, setembro de 2016

O Homem Que Escrevia Azulejos, de Álvaro Laborinho Lúcio, debate e ilumina-se das grandes ideias da modernidade, enquanto observa, não sem algum detalhe pícaro, a falência das sociedades em que vivemos. Um romance culto e empenhado sobre o poder, e o poder redentor da arte e do amor.

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Fugi, desapareci, dormi de noite , dormi de dia, andei por aí. Estou aqui, lembram-se de mim? Do que escrevi? Não redigi uma única letra, palavra ou frase, ausentei-me das histórias, afastei-me das viagens e andanças, das aldeias da minha terra. O regresso não está previsto, por enquanto as histórias continuam nas prateleiras, na escuridão, no interior da biblioteca ambulante. Passaram demasiados dias, semanas, eles ainda acreditam? Será que perderam a esperança de voltar a ler  histórias? Pensam que estão esquecidos? Os outros continuam a atravessar as aldeias, nas suas carrinhas a padeira, o peixeiro, o merceeiro, não interromperam as suas viagens. A leitura é um acontecimento que pode esperar.

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