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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

12.10.21

Cruzam olhares...


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- É a biblioteca! Não gosto de ler. - Ah... Eu gosto. São as palavras que acabei de ouvir, que cortaram o silêncio da aldeia e o som das folhas das árvores balançando ao vento, invadindo a rua. Fiquei à espera que algo acontecesse, o tempo passou, não aconteceu nada. As histórias mantêm-se cheias de sobriedade, apesar da ansiedade e da mágoa. Sentimentos regulares de quem leva histórias pelas aldeias da minha terra. Com e sem máscaras no rosto, as pessoas passam próximo da biblioteca ambulante, trazem hortaliças ou sacos, que mãos cansadas seguram, vêm da mercearia situada ao fundo da rua. Cruzam olhares com as histórias que persistem em permanecer, a controlar os seus desejos. Talvez um dia um impulso as colocará diante dos tramas. 

11.10.21

É bom voltar


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Voltar à estrada com as histórias, ouvir o vento, cheirar a terra, ver pessoas há muito ausentes das viagens e andanças com letras, sentir a ruralidade. Hoje é o primeiro dia após um pequeno período de descanso, pelas aldeias da minha terra a levar histórias. É sempre um recomeço, tornar a segurar o volante, perceber o som do motor, engrenar a mudança, partir a aventura. Surgirão leitores,  a incógnita que acompanha sempre o viajante das viagens e andanças, vá para onde for. O resto são as histórias que germinam consoante as pessoas, a aldeia, as imprevisibilidades nos percursos. É bom voltar. 

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