Viagens implicadas nas temperatura elevadas, leituras teatralizadas à beira do rio. Nem tudo é mau, conseguir amarrar os jovens à leitura encenada, tão próximos da água do rio parece impossível. A história adaptada pelos homens do teatro, os movimentos, os gestos e as palavras, são um poder sobrenatural que nos envolve. Aprender e brincar com palavras sérias foi a magia certa para a pequenada estar presa na história, O pequeno livro do ambiente de Christine Coirault, pela BI-DOM - Academia Criativa.
Estamos a celebrar as bibliotecas, as fixas e as móveis, é nas últimas que me vou segurar. Bibliotecas ambulantes, exploradoras de territórios, viajantes procurando leitores nos lugares onde as populações escasseiam. Realizando traços de leituras em circunstâncias muito difíceis, os sorrisos daqueles teimosos afastados das cidades, quando recebem as histórias, deixam para trás os dias que não paramos de suar, aqueles onde os agasalhos seriam bem vindos. Manhãs e tardes com ausências, quotidianos apressados não permitindo a presença de leitores. Parece impossível, nos sítios onde o tempo corre devagar, alguns dos que existem não têm oportunidade de se aproximarem das histórias. Bibliotecas ambulantes, sempre a levar hipóteses, obstáculos à solidão. Viajantes de viagens e andanças que não desistem das pessoas, das histórias que levam e das que recebem. Vivam as bibliotecas...