Em Troia ...
Alguns dias de descanso bastaram para causar um engano no itinerário no primeiro dia das viagens e andanças. A resposta da biblioteca ambulante, em pouco tempo, atravessou aldeias, possivelmente a fomentar interrogações nos leitores que a possam ter avistado nas suas aldeias, rápida a furar a espessa névoa nalgumas zonas, a estender a aceleração nos vales para se obstringir na charneca perante as imagens pouco claras das árvores que se aproximavam da estrada de uma maneira estranha e repentina. Com o céu azul a saudar as histórias, chegou ao destino marcado no planeamento deste novo ano. A tarde soalheira trouxe a pequenada a correr atrás de uma bola, o madeiro continua aceso, há quem atire ainda achas para a fogueira, incentivado outros a aproximarem-se do lume. O largo do coreto em Alvega está animado, embora a chegada das histórias não alterassem os comportamentos, uma batalha que o viajante das viagens e andanças não consegue superar. Em Troia foram necessários dez anos até que os gregos a tomassem, à biblioteca ambulante poucos meses faltam para uma dezena de anos a visitar a aldeia. Entre vitórias e derrotas as histórias mantêm-se equilibradas, não chega, a biblioteca não é um cavalo, como aquele que ludibriou os troianos, tem rodas, não é como as outras, mas aqui pouca curiosidade desperta. Cada vez são mais os que rodeiam a fogueira, o calor desta consola-os por não quererem matar a bisbiolhetice na biblioteca, saberem que são continuadores da celebração do solistício de inverno.