O calor da narração ...
A leitura em voz alta não interrompeu o ponto de Cres.ser, o dedal, as agulhas e novelos, a escrita iniciada antes de saberem ler e escrever nos cadernos da escola, a ouvirem e lerem a história. A partida foi o Cão como nós do autor Manuel Alegre, no tempo presente uma história para ser lida por quem faz leis, por quem tem animais, por todos nós. O frio matinal ficou na rua, as palavras ecoavam na sala através das falas, ritmos diferentes transmitiam as emoções escritas, os olhares aguados não mentiam, estávamos embrenhados na história. O calor da narração inundou o espaço, o tempo passou e não se deu por ele, a magia das palavras soltas no ar dava os seus frutos. Foi para isto que a biblioteca ambulante apareceu, mudar, desafiar, motivar pessoas desamparadas no seio do tempo, com outros parceiros, por caminhos diferentes, ao encontro da leitura.