Vamos pedir ao tempo ...
Quem me acompanha nas viagens e andanças pelas aldeias da minha terra, estranhou possivelmente a ausência nos últimos dias da biblioteca ambulante nos caminhos, rumando às aldeias, nas vias da escrita. Tal se deve à substituição de algumas partes mecânicas da biblioteca ambulante, a acumulação de quilómetros entre aldeias, ir e vir diariamente com as histórias, afastar solidões, a levar sonhos e fantasias aos que estão nos lugares afastados, causou cansaço nas peças do veículo. Na escrita a fadiga não se manifesta, no que diz respeito às viagens e andanças, a imobilidade secou a tinta da caneta, não tenho combustível para preencher as folhas em branco. Deixar um rasto de enredos, amores e desamores, de aventuras, seguirem as histórias do viajante das viagens e andanças. Vamos pedir ao tempo a sua abreviação para devolver as emoções à estrada, às pessoas ávidas de palavras.