A história pode ser qualquer um ...
O dia rompeu nublado, maniatou as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, por um bocado estacionei o raciocínio. O destino da biblioteca ambulante hoje de manhã executei-o ontem, sem problemas rumei à manhã contrária a matutar o sucedido. As intermináveis viagens a levar histórias trazem discrepâncias na sucessão dos itinerários. Desatei a situação, sem questões os leitores lá estavam para ler o jornal, levar uma história, conversar exclusivamente. A tarde transportou até à aldeia da Casa Branca temperatura mais intensa, pouco antes, na berma da estrada onde seguia a biblioteca ambulante, em posições altaneiras, as cegonhas nos ninhos em posse de sentinelas, vigiavam quem passava e protegiam o castelo de nuvens escuras. Na esplanada do café quem ali permanecia falava em mexer nos regos das favas e ervilhas, diálogos comuns nas paragens rurais. As pequenas parcelas de terra contêm o resultado do trabalho manual realizado com percepção na leitura dos fenómenos meteorológicos, e da astrologia. Igual aqueles que escrevem no papel a colocar sensações, a compor o texto, mexido e remexido as vezes que forem necessárias para ficar perfeito aos olhos de quem redige ou saboroso a quem lê. A história, pode ser qualquer um de nós, nascemos, crescemos, evoluímos e morremos.