Brotam plantas, ganham-se leitores ...
Uma frota de nuvens navega no oceano celeste, impulsionadas pelo vento estas viajantes não esgotam a resistência, atravessando sempre as aldeias da minha terra. Gordas, extensas, pequenas, traçando diversas formas, inquietando a imaginação de quem as observa atentamente. Talvez sejam histórias semelhantes aquelas da biblioteca ambulante, trazendo vida às pessoas nas viagens e andanças. Água e palavras, ambas matam sedes e solidões, diferentes na assimilação, iguais no alcance. As sementes atiradas à terra, vegetais, letras, desenvolvem-se juntamente com a queda de água, e os enredos entendidos. Brotam plantas, ganham-se leitores, mulheres e homens alimentam-se dos hábitos e costumes, não têm desnutrição, as palavras empurram-nos a continuarem a sonhar, a água atenua-lhes a cobiça, o desejo desproporcionado de poder.