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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A incerteza do tráfego rodoviário hoje de manhã atrasou a chegada da biblioteca ambulante à primeira aldeia do dia. A primavera caminha para o seu ponto mais alto, um mar de pequenas flores silvestres preenche a depressão alargada e alongada, onde as histórias se destacam a serem levadas na biblioteca ambulante aos leitores das aldeias. Também o viajante das viagens e andanças sente o avanço, as manifestações alérgicas ao pólen começam agora as hostilidades, num território propício aos ataques destes elementos microscópicos. Na aldeia da Barrada o sopro do vento destaca-se, ao mesmo tempo os pássaros disputam entre si as cantorias e as perseguições nos voos acrobáticos que efectuam. A leitora da aldeia veio acompanhada pelo neto ainda de férias, orgulhosa, diz em voz alta para o filho, concluído o estacionamento do automóvel, que está na biblioteca ambulante com o filho deste. O trejeito expresso do seu corpo a mostrar a determinação onde estava foi revelador do gosto pelas histórias e a presença destas na sua aldeia. É pena  a insuficiência de  leitores nesta e noutras aldeias das viagens e andanças, os quilómetros percorridos nos quase dez anos de viagens continuam a ser poucos para atrair mais leitores. A vontade de continuar a quebrar barreiras, a viajar, a conquistar leitores com uma história de cada vez está para durar.