O vento, o silêncio, a chuva e ...
Os campos amarelos e vermelhos são as ilustrações das histórias à beira rio, as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra ficam mais esclarecidas com este cerco natural. Os leitores, as pessoas, influenciam personagens das muitas histórias escritas nestes últimos tempos a viajar diariamente na biblioteca ambulante. O vento, o silêncio, a chuva e o som dos pássaros deixam indícios, puxam a escrita, estimulam o viajante das viagens e andanças a compor crónicas. Quando não as escrevo, por não ter nenhum clarão, um pequeno intervalo, ou vontade, não fico bem, esse dia ficou incompleto. É um vício, e a biblioteca ambulante o sítio preferido para escrever, os cenários diferentes, factos e situações a acontecerem, ajudam a narração, permitem histórias inesperadas. Há pouco a chuva apressada molhou a estrada na qual as histórias vão ao encontro dos leitores, foi de curta duração, o vento foi a borracha que apagou os vestígios desta. Talvez a precipitação não se enquadre na moldura da primavera, o céu continua cinzento na tela, provavelmente o criador ainda sem certezas na conclusão da obra.