Julguei que subisse às ...
Um gato do campo cheio de curiosidade, sem acanhamento entrou na biblioteca ambulante. O seu olhar inquieto percorreu o espaço de um lado para o outro, o comportamento traquina não o deixou muito tempo no mesmo sítio. Julguei que subisse às estantes mais altas, parecia que sabia ler quando os olhos poisavam na lombada das histórias, estendia uma das patas dianteiras, tentando abrir as páginas. Mas não passou de um palpite meu, a passagem do vento a entrar e a sair pela porta grande sacudia as folhas das histórias, causando bisbilhotice ao gato. Ocupado com tanta energia o animal não parava quieto, também enfiava a cabeça por detrás das histórias. Felizmente não encontrou a história do rato que rói, ou ter esbarrado com o rato do campo e o rato da cidade, qual seria a desgraça se tal tivesse acontecido. Poderia ter sucedido como aquela história de um gato e de um rato que se tornaram amigos, ao esticar a pata e sentir o corpo hesitante de um rato a roer as palavras. Serem amigos, firmarem-se um no outro, aprenderem ao mesmo tempo a compartilhar os sentimentos.