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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O calor abraçou a tarde depois da ventania acalmar, uma excentricidade que não faz falta nenhuma nas viagens e andanças com letras. Felizmente os leitores hoje abriram as portas das suas casas, e definiram vontade de saírem, virem à biblioteca ambulante, devolverem as histórias, levarem outras. Os cabelos no ar, foram só episódios rocambolescos, peripécias para os prenderem. A segurarem as histórias, não foi fácil, quem não passou pela experiência foram aqueles com menos cabelo. Têm sido inúmeros os elogios ao novo vestido da biblioteca ambulante,  a cor e as estampas têm seduzido novas pessoas a aproximarem-se, a espreitarem as histórias, destacando o trabalho da estilista, e da costureira. Só faltava agora a biblioteca ambulante estrear-se na Moda Lisboa ao lado das elegantes e bonitas modelos, disputando esta criação com costureiros e estilistas consagrados. Estilos não faltam nas histórias, na linguagem, escritores notáveis a escreverem a utilizarem as palavras, surpreendendo quem lê. Assim como os importantes costureiros a colocarem traços e cortes nos vestidos destacando a ousadia. «O mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza» assim escreveu o poeta António Botto, patrono da biblioteca Municipal de Abrantes, avançando no poema (Curiosidades estéticas) por aí abaixo... Os criadores do vestido sentiram as novas estampas onde os olhos nunca as observaram. Imaginaram o que não  conseguiam possuir, ouviram uma voz a pedir vida, leitores. Percorreram na escuridão, tiveram fé e amor no trabalho executado.