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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Entrei na rua que rasga a aldeia, de um lado e outro as fachadas das casas continuam engalanadas, assim como o principal acesso. Atravessam-no superiormente arranjos florais coloridos com motivos variados. A festa na aldeia terminou, certamente foram dias eufóricos para as gentes da Amoreira, ficaram as memórias. Está escrito nas paredes, nos muros, nas ruas, o empenho que tiveram para acolherem os familiares, os amigos e forasteiros na sua terra. Com palavras diferentes as mãos escrevem nas folhas e paredes. Absorvidas pelo tempo como se um mata-borrão as pisasse, as últimas não irão perdurar materialmente, ficam as impressões retidas para voltarem no próximo ano. As primeiras multiplicar-se-ão na cultura livresca, na biblioteca ambulante. Ambas avançam no tempo, narrando as histórias da comunidade.