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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A área plana acompanha a biblioteca ambulante, ladeando a estrada até à aldeia da Foz. Aqui e ali há cortes na fita verdejante, o homem altera, planta, semeia, o filme ganha personagens. Pessoas e animais contribuem juntos para a paisagem não ser entediante, são metros com imprevistos, emoções ou abalos. O avanço da película traz outros actores, diálogos, histórias de visões, o sobrenatural é uma realidade em muitos lugares. Não há vergonha no quotidiano, mostram o cenário todo, minuciosos, aproximam a lente da câmara ao mais ínfimo dos adereços. Cinematografia crua, deviamos de a ver todos, está ao alcance, figuramos,  somos actores nesta tela, onde há quem fuja, como o diabo foge da cruz.