Não há vergonha no quotidiano ..
A área plana acompanha a biblioteca ambulante, ladeando a estrada até à aldeia da Foz. Aqui e ali há cortes na fita verdejante, o homem altera, planta, semeia, o filme ganha personagens. Pessoas e animais contribuem juntos para a paisagem não ser entediante, são metros com imprevistos, emoções ou abalos. O avanço da película traz outros actores, diálogos, histórias de visões, o sobrenatural é uma realidade em muitos lugares. Não há vergonha no quotidiano, mostram o cenário todo, minuciosos, aproximam a lente da câmara ao mais ínfimo dos adereços. Cinematografia crua, deviamos de a ver todos, está ao alcance, figuramos, somos actores nesta tela, onde há quem fuja, como o diabo foge da cruz.