Abrantes nunca virou as...
As últimas viagens e andanças deste ano acontecem hoje, aguentando o frio matinal, a gozar a tarde soalheira nas aldeias da minha terra. A cidade fica sempre para trás, quando o dia é ainda um menino, no fim deste, velho e cansado, homem feito, a cidade está sempre de braços abertos a receber a biblioteca ambulante. Repositório das histórias das aldeias, do mundo. Abrantes, nunca virou as costas às suas bibliotecas, protectora das oralidades, dos escrevedores, impulsionadora, a levar as palavras a todos. Da cidade às aldeias não podem dizer que não têm histórias para lerem, seria bom, para o ano, houvesse mais leitores. As bibliotecas estão ai para os acolherem, fixas, móvel, sempre com histórias novas a surgirem, como sucedem os dias, novos e velhos, histórias para todas as idades. A biblioteca é uma anunciadora dos acontecimentos, partilhando com leitores, não leitores, intenções no acesso ao direito de aprenderem e sonharem. BOAS FESTAS, BOAS LEITURAS.