O cheiro do peixe a ser ...
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Terminaram as diferenças na temperatura nas aldeias da minha terra, de manhã, de tarde, de noite, o calor mantém-se agressivo. Aguardo leitores na aldeia do Tubaral, estiveram outros, noutra aldeia, ao início das viagens e andanças desta semana. Irão ser dias extenuantes, no ar paira um odor a sardinhas grelhadas, o som de um gato a miar também é audível. Os sentidos do viajante das viagens e andanças estão alertados para o que aí vem no resto do dia. Saborear umas sardinhas com uns pimentos grelhados e tomates frescos numa salada, seria uma história feliz. Virar os lombos do peixe sobre as linhas de broa de milho, sem vírgulas, espinhas, ou pontos final. Seguir os traços do pimento colorido, o prato, ilustrado tem outro sabor. O aparo, do utensílio do galheteiro, derramando óleo virgem, para acrescentar mais momentos de felicidade na leitura da história. À semelhança de uma caneta a desbravar a folha imaculada. O cheiro do peixe a ser preparado, aumenta o apetite, o auge da história está quase a acontecer, quando for retirado das brasas, uma impressora a passar a pente fino a pele escamada. A gotejar o excesso da gordura na travessa, a caminho da mesa, onde aguardam leitores famintos de uma leitura saborosa. Com as mãos agarram o peixe, a história desejada, para ser lida e comentada entre eles. No espaço exterior à sombra de uma imponente laranjeira, numa mesa de medidas razoáveis para albergar o clube de apreciadores dos prazeres da mesa.