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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Aproveitando a sombra da árvore, na companhia das sardinheiras, flores que dão o mote na primavera na cidade de Abrantes e aldeias da minha terra. As viagens e andanças ficam ornamentadas, as histórias estão mais cheirosas, a biblioteca ambulante um canteiro. Está composto o ramalhete para que o dia tenha leitores, que tragam vasos para colocar histórias com flores, que as dêem a cheirar, as ofereçam a quem as quiser e a quem demonstre o contrário. Plantemos histórias nas aldeias, aumentemos o número de leitores, intensifiquemos a rega libertando lágrimas de tanto rirmos e chorarmos ao olharmos as flores sempre vivazes. Não as abandonemos ao ponto de murcharem, não queremos páginas empalidecidas pela ausência de gotas líquidas, não cessemos de virar as folhas de uma flor com cuidado. Até na morte, na partida para a eternidade são flores que levamos e histórias que ficarão testemunhando a nossa passagem.