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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

07.Nov.19

As histórias podem esperar

historiasabeirario
      Na aldeia do Souto só o ruído proveniente dos ramos das árvores impelidos com violência pelo sopro do vento se ouve. Nem de perto, nem de longe se vê alguém, quem transita pelas ruas da aldeia, como a biblioteca ambulante, devagar, com o viajente das viagens e andanças a olhar de um lado para o outro, sondando. Um caçador de leitores, perscrutando ruelas, as quinas, os recantos da povoação,  percebendo que o frio desta vez vai ganhar, ainda por cima, uma massa (...)
24.Out.19

Como folhear as histórias

historiasabeirario
Na aldeia da Ribeira do Fernando não se vê ninguém, a biblioteca ambulante avança devagar pela rua principal, o sol ilumina hortas e quintais, os ramos de oliveira, espalhados nos terrenos, são indício até para os menos informados, que a colheita da azeitona por aqui foi efectuada. Alguns destes aldeões já têm o seu azeite depositado em garrafões ou vasilhas próprias para o efeito, a sua durabilidade irá até ao Outono do próximo ano, irá inundar pratos de bacalhau, de (...)
18.Out.19

Com vontade de repetir

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  Brilhante e cinzenta, são as mudanças da tarde nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Aparentemente estão ausentes na aldeia da Chaminé, só os cães se ouvem ladrar, um ou outro cacarejar, num qualquer quintal, arquitectado nas traseiras das casas baixas que ladeiam as poucas ruas da povoação. Perfeitos paraísos privados, com água no poço, preenchidos por canteiros de flores, de hortaliças, completados de pequenas capoeiras, que asseguram (...)
14.Out.19

As histórias não se cansam

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  Não me lembro do último dia em que a chuva conviveu nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, com as pessoas, com as histórias. Desde madrugada está presente neste território, intervaladamente cai, com violência, com tranquilidade, afasta-se, volta outra vez sem se cansar. Uma exígua esperança paira nas gentes das aldeias, os terrenos agrícolas voltam a ter água, mas não chega, para devolver o que a seca arrebatou, teriam de ser muitos os dias ou (...)