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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

11.Mai.23

Não são fiéis ...

historiasabeirario
De rostos atentos à face interior da história, as leitoras procuram em pouca quantidade de palavras, descobrirem nas pontas soltas do enredo, motivos para se apropriarem das mesmas e daí retirarem prazer na leitura. Nem sempre acontece esta exploração, há quem leve histórias pelo poder sedutor exercido pelas capas aos olhares curiosos, deambulam de um lado para o outro no interior da biblioteca ambulante até obterem a mais alegre. A medida do espaço ocupado pelas folhas na (...)
10.Mai.23

Vidas a acontecerem nas páginas ...

historiasabeirario
A luz brilhante cega o viajante das viagens e andanças, piora a qualidade da fotografia sem filtros, é imprescindível a iluminar o leitor na biblioteca ambulante. A claridade, o conhecimento das coisas transmitidas pelas histórias, a aceitação do acesso da leitura através da mobilidade, nos caminhos, nas veias no interior de um organismo, a permitirem o movimento das palavras. Enredos a circularem, a  esclarecem leitores nos cantos mais longínquos do território das aldeias da (...)
09.Mai.23

Julguei que subisse às ...

historiasabeirario
  Um gato do campo cheio de curiosidade, sem acanhamento entrou na biblioteca ambulante. O seu olhar inquieto percorreu o espaço de um lado para o outro, o comportamento traquina não o deixou muito tempo no mesmo sítio. Julguei que subisse às estantes mais altas,  parecia que sabia ler quando os olhos poisavam na lombada das histórias, estendia uma das patas dianteiras, tentando abrir as páginas. Mas não passou de um palpite meu, a passagem do vento a entrar e a sair pela porta (...)
08.Mai.23

Acordeão agarrado pela objectiva da máquina ....

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Há circunstâncias nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, nas palavras escritas nas histórias, nas pessoas, que implicam captar momentos mais profundos. Foi o caso da fotografia do tocador de acordeão agarrado pela objectiva da máquina de perdurar ocasiões. Desde pequeno colheu os ensinamentos do avô, do pai, agora com demasiado tempo para ser usado, entretém quando pretendido as pessoas nas romarias, em bailaricos, na biblioteca ambulante, mais (...)
05.Mai.23

O início da primavera traz sempre lampejos ...

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  As papoilas, plantas espontâneas continuam a aparecerem em todo o lado, na charneca, nos terrenos fronteiriços com as aldeias. O início da primavera traz sempre lampejos vermelhos destas flores a estenderem-se até as perdermos de vista. Os leitores são um pouco assim, um brilho passageiro que acontece na biblioteca ambulante de manhã ou de tarde nas viagens e andanças com letras. Um remédio para as histórias todas as vezes que experimentam ler as suas páginas. No antigo (...)
05.Mai.23

O início da primavera traz sempre lampejos ...

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  As papoilas, plantas espontâneas continuam a aparecerem em todo o lado, na charneca, nos terrenos fronteiriços com as aldeias. O início da primavera traz sempre lampejos vermelhos destas flores a estenderem-se até as perdermos de vista. Os leitores são um pouco assim, um brilho passageiro que acontece na biblioteca ambulante de manhã ou de tarde nas viagens e andanças com letras. Um remédio para as histórias todas as vezes que experimentam ler as suas páginas. No antigo (...)
04.Mai.23

A ponte está lá sempre a ver partir ...

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De manhã, à tarde, a ponte está lá sempre a ver partir, a ver chegar, a levar e a trazer histórias, a biblioteca ambulante. Nem sempre os caminhos levam ao tabuleiro da ponte, aquelas que nasceram no mesmo parto, gémeas fraternas, a biblioteca ambulante e as histórias são duas maratonistas nas estradas das aldeias da minha terra. Louvadas por quem as vê chegar, ou à passagem de um destino, na direcção de uma aldeia, ao encontro somente de um único leitor. Não passam uma sem (...)
03.Mai.23

Consequências das oralidades ...

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Na sala a música encantava, cantarolavam baixinho as letras receando algum engano, a melodia continuava a ecoar no espaço onde aprenderam a ler na antiga escola da aldeia. No final da composição o acordeão calava-se, era a vez das palavras das mulheres ganharem o papel importante. As histórias contadas por elas revelam-se nos rostos presentes, antecipavam-se diversas conclusões para cada um. Como a descrita pela leitora, em pequena, numa noite em que as necessidades fisiológicas a (...)
02.Mai.23

Parabéns BIA ...

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Dez anos de viagens a transitar, não como menciona a letra da cantiga, enquanto houver estrada para andar, contudo, enquanto houver pessoas a biblioteca ambulante está aí para as curvas. Até ao momento nunca faltaram, tem sido uma surpresa contínua a chegada de novos leitores. A festa foi entre eles, estão de parabéns por aceitarem as histórias, o viajante das viagens e andanças, inicialmente desconfiados, a pouco e pouco habituaram-se à permanência nas suas aldeias de um  (...)
28.Abr.23

Um vaivém de esperanças...

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A cortina vulgar de nuvens suspensas, enfiadas numa vara horizontal imaginária, não deixa o céu azul espreitar, mas permite ao sol fincar os raios na biblioteca ambulante e na aldeia de S. Facundo. Na rua principal, um prédio está a restabelecer-se nas mãos de operários a colocarem rejuvenescimento na fachada exterior do mesmo. Este, irá acolher uma família jovem que trocou a cidade pela aldeia, o vento vai trazendo aqui e ali, noutras aldeias, sussurros de aquisições de (...)