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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

16.Set.22

O estranho acontecimento do gafanhoto ...

historiasabeirario
O estranho acontecimento do gafanhoto que gostava de ler livros do Stephen King, teria tudo para ser um título de  uma história divertida. O personagem principal, quem se lembraria de um insecto saltador, leitor assíduo de histórias de um romancista norte-americano. Na história lerá saltando de linha em linha, de uma página para a outra, transporá demasiadas páginas de uma só vez, para voltar atrás noutro salto e recomeçar. Aqueles olhos esbugalhados, conseguirão envolver as (...)
30.Ago.22

É sempre assim a partida...

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Os panos dos chapéus de sol esvoaçam como se quisessem levantar voo, como muitas pesssoas da aldeia o fizeram. A biblioteca ambulante vai pousando aqui e ali, nas aldeias, umas com leitores, noutras nem por isso, um, dois, são os números que fazem levantar voo as histórias. Empurradas pelo vento que nasce na charneca, chegam às partes mais distantes do território que abrange o itinerário. Há dias de sorte, onde o tempo é apressado, os leitores, a leitura comentada, conversa (...)
10.Ago.22

Tudo ao redor desaparece...

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A luz brilhante do sol em Martinchel não atrai leitores à biblioteca ambulante, junto das tílias as histórias protegem-se na sombra destas árvores. O odor que as suas flores libertam não se faz sentir ainda, não estão prontas para as infusões que abrandam a velocidade, muitas vezes furiosa das pessoas. A leitura não tem cheiro, apenas na imaginação de cada leitor, destapando as brochuras dos livros solta-se a fragrância  das folhas causada pela impressão das letras. (...)
23.Mai.22

Ao ponto de ficar encharcado de palavras...

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Está uma tarde morna com nuvens no céu, umas atrás das outras, empurradas pelo resto do vento da manhã, a dizerem que poderá chover. Não acredito, sem pararem não vão deitar cá para baixo alguma água que transportam. A biblioteca ambulante é uma nuvem cheia de histórias, impelida pela vontade do viajante das viagens e andanças a levar enredos, permanece nas aldeias despejando-as a quem as queira ler. Há quem goste de se molhar pelas letras, ao ponto de ficar encharcado de (...)
04.Mai.22

Esperança e desesperança...

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O calor está de volta, em Martinchel a biblioteca ambulante aproveita a escassa sombra que a tília consegue dar com as suas jovens folhas. Os leitores e as pessoas da aldeia são preguiçosos ou não gostam de ler, poucos jovens, demasiada idade nas pessoas, não são impedimentos para se aproximarem das histórias. A biblioteca ambulante volta sempre ao centro da aldeia, no pequeno largo com uma fonte, à beira da estrada que não se cansa dos veículos que não a deixam de atravessar (...)
13.Abr.22

A primavera beijou-nos...

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A primavera  beijou-nos de surpresa, as histórias, a biblioteca ambulante, o viajante das viagens e andanças estão cheios de sorte neste dia percorrido nas aldeias, também elas beijadas pelas águas do rio Zêzere. É pois um dia completo de beijos, juntando a estes os beijos dos leitores quando enfrentam as histórias na biblioteca ambulante. Beijos para aqui, beijos para ali, letras a beijarem-se, palavras a beijarem-se. Ler uma história, não é mais que um longo beijo de quem a (...)
25.Mar.22

As histórias sobram...

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O vento e mais poeira, marcam a manhã das viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. No café o Nuno e uma cliente, ambos leitores da biblioteca ambulante ficaram com as cabeças encaixadas nas páginas dos jornais e das revistas. Uma leitura obrigatória sempre que venho à Aldeia do Mato. A informação periódica ainda é importante para alguns, um estímulo para outras leituras, uns preferem a informação desportiva, outros apontam à generalista e social. Gostam (...)
17.Fev.22

Não consigo...

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Enclausurado no nevoeiro, foi assim que o viajante das viagens e andanças percorreu na biblioteca ambulante o espaço da manhã. A estrada escondida, obrigou a mil cuidados a dirigir as histórias aos leitores. De tarde na aldeia de Martinchel, não aguento a teimosia do sol, sem a sombra da tília que por enquanto continua despida, as histórias muito unidas nas estantes querem livrar-se do apoio de umas das outras. Para isso só têm que aparecer leitores, o que é difícil de (...)
15.Out.21

Não acredito em excesso...

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O vento traz o cheiro de sardinhas a serem assadas, apesar de já ter almoçado não deixa de ser uma sensação boa. Alguém em Martinchel está preparando a refeição atrasada, com o verão fora de horas, ainda há quem proceda de acordo com a estação mais quente do ano. As sardinhas podem ser degustadas em qualquer dia do ano, mas sabem melhor quando o tempo corre devagar, entremeando o resto do dia com uma sesta, dando descanso ao corpo devastado de tanto manjar. Só não se (...)
19.Mai.21

Só quero....

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Aldeia do Mato foi a primeira aldeia de hoje a ser favorecida com a presença  da biblioteca ambulante. Junto da fonte, onde a água não deixa de correr na bica, a conversa animada, convidou o viajante das viagens e andanças a permanecer um pouco, ouvindo as notícias de um lugar onde há muito não estava presente. Uma história ficou logo ali, outras ficarão nas próximas visitas, a informação correrá depressa, de casa em casa. Na Abraçalha de Baixo, quem se aproximou das (...)