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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

31.Ago.23

Cativam as histórias ...

historiasabeirario
O vento entra com ímpeto na  biblioteca ambulante, a frescura que o acompanha alivia o viajante das viagens e andanças. Ventila as histórias mais empoeiradas pelo debilitado manuseamento das mesmas por parte dos leitores. Demasiadas ausências neste mês, não estão na lista das favoritas dos leitores, ficam sem se mexerem, abandonadas nas estantes, órfãs. Adoptadas são aquelas badaladas nas televisões, nos meios de divulgação, criadas por escritores famosos, quase nunca (...)
30.Ago.23

As naves voadoras ...

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Continuam a olharem a biblioteca ambulante, como uma extraterrestre, o E.T. vulgarizou-se após o filme produzido e dirigido por Steven Spielberg, em 1982. As bibliotecas sobre rodas já anunciavam histórias de seres oriundos de planetas desconhecidos, nos acervos que transportavam nos regaços. As naves voadoras, sem medo de penetrarem nos territórios fechados ao conhecimento, quando avistadas causam espanto, admiração e estranheza pelo seu aspecto, quantidade de livros, a missão (...)
28.Ago.23

Porque viram os olhares às histórias?

historiasabeirario
Pela janela da casa das histórias as pessoas entram no meu olhar, ausentes, indiferentes à reunião das palavras. A curiosidade morreu no largo, a vontade sumiu-se de conhecer, de viver o momento da presença da biblioteca ambulante. Atravessam-no cabisbaixas, cansadas do tempo, delas próprias, não reagem, a rotina capturou-as definitamente. Apesar das histórias acenarem-lhes com as letras dançando à janela, continuam no caminho desprovido de conhecimento. No chão do largo, as (...)
25.Ago.23

A tarde puxou o vento ...

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O sol está toldado, apanhado de surpresa na desaceleração repentina do verão, a marca da travagem está representada nas pessoas a usarem casacos com pouca espessura. Nesta semana, nos dias infernais, saíamos para a rua  livrando-nos da roupa possível, tentando estarmos mais confortáveis. O vai-vem do planeta está cada vez mais instável, as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, são fortemente influenciadas pela ausência da firmeza climática. As (...)
24.Ago.23

Já se vindima na aldeia ...

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O frescor matinal entusiasmou os habitantes da aldeia de S. Facundo, a leitora habitual, num abrir e fechar de olhos renovou as histórias, o viajante das viagens e andanças escreve com agilidade a sua crónica. Querendo antecipar-se ao calor do meio-dia, os rostos sorridentes passam perto da biblioteca ambulante, mexendo as bocas, saudando o bibliotecário. Já se vindima na aldeia da Ribeira do Fernando, sei isto pela mulher de um leitor, pelo telefone disse-me que o Manuel não pode (...)
23.Ago.23

Os passaritos aprendiam a ler ...

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No campanário da igreja, o relógio dá as 15h, um pouco abaixo envolvida na sombra do plátano grande, a biblioteca ambulante é favorecida pelo sopro, ao mesmo tempo, quente e fresco do vento. O sussurrar da aragem bate na charneca e regressa logo trazendo o fremir dos insectos pousados nos ramos das árvores. O vento não sabe o que quer, tem momentos que não se sente, parece adormecido, é engano meu, sem avisar volta a agitar as copas das árvores. Os pássaros não se ouvem, (...)
22.Ago.23

A manhã preserva a ...

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Quando estaciono a biblioteca ambulante, trago sempre alguma ideia, ou um tema para iniciar a escrita do dia nas aldeias. A manhã preserva a inspiração aprisionada no resto do dia anterior, durante a noite a tentar esquecer a temperatura, há que aproveitar a oportunidade, esta arrumação toda baralha-se em Rio de Moinhos. A mesma leitora surge sempre quando estou no início de esvaziar as palavras  para a folha digital, o texto começa  logo aos solavancos. Entra na biblioteca  a (...)
21.Ago.23

O calor destaca-se em Alvega ...

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Hoje o dia promete temperaturas elevadas nas aldeias da minha terra, não é novidade por aqui o intenso calor. A boa nova foi uma leitora vir devolver a história lida, e levar outra, um bom sinal para o início de semana de viagens e andanças. O silêncio no largo é interrompido pelo som das pás, dos martelos, da betoneira misturando a solidão e o isolamento. Serão posteriormente fixados nos blocos de argila para serem eliminados pela tinta que cobrirá de novo as paredes de uma (...)
17.Ago.23

Os avôs trazem os ...

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Os automóveis ocupam os lugares destinados ao parqueamento no centro da aldeia, a biblioteca ambulante não teve outra solução do que improvisar um espaço para permanecer no Souto. Em pleno mês de Agosto, os filhos da terra regressaram para gozarem alguns dias das férias. Bronzeados pelo sol das praias onde se mantiveram nas primeiras semanas, passeiam-se na rua mais importante da aldeia.  Os gigantes chapéus na esplanada do café,  protegem-nos do sol atrevido enquanto (...)
16.Ago.23

Esgrimam palavras sobre ...

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Não está no planeamento, uma e outra têm existências independentes, são guiadas para uma mesma direcção, as pessoas. Hoje encontraram-se ambas na aldeia do Crucifixo, vão estar juntas durante a tarde, segue-se a vila do Tramagal. A papelada e as histórias andam sempre desencontradas, a norte, e a sul do rio Tejo, pelas aldeias da minha terra, uma vez por outra descobrem-se uma à outra. Neste momento a Carrinha do Cidadão tem um freguês sendo informado sobre o assunto que o (...)