Mais um pouco e o sol ascende ao seu lugar mais alto, na aldeia do Vale do Açor, o Gregório compareceu na biblioteca ambulante, nunca falta, as suas histórias preferidas são relacionadas com o período da guerra colonial. Combateu em África, um conflito armado que ainda o persegue, gosta de estar informado com as histórias dos que como ele viveram esse tempo imperfeito da nossa história. A tarde está lançada, embalada pelo vento fresco que tem momentos ásperos. A biblioteca (...)
O desalento do início do dia, não irá depreciar as histórias nos leitores mais logo nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Na aldeia do Vale de Açor a tarde não conseguiu livrar-se da sua tristeza, para o viajante das viagens e andanças, não se estava mal defronte da lareira, cochichando um pouco, lendo outro tanto, até se fazer noite. Mas em primeiro lugar estão os leitores e as suas aldeias, há que continuar a acreditar dando histórias com a (...)
A corrente de ar torna a permanência da biblioteca ambulante na aldeia das Bicas cheia de boas sensações, a Paulina foi a primeira, a leitura gastronómica é a sua preferida, o viajante das viagens e andanças aprende sempre algo sobre o assunto, no qual ela não tem papas na língua, os diabetes obrigam-na a cozinhar preventivamente em relação a alguns condimentos, mas não a afastam das panelas. O Nelson com a tez marcada pelas borbulhas entregou obras da 7ª arte, foi de (...)
Volto a escrever numa manhã em que me embaraço ao avistar os panoramas para além do rio, o sol erguido não se deixa ver, tal não é a densidade do fumo espalhado na extensão dos ares. Os incêndios de Vila de Rei e Mação, concelhos colados ao território das viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, continuam a libertar partículas que se soltam da combustão da madeira. Logo mais, á tarde na aldeia das Bicas, mais afastada o ar talvez seja mais leve e (...)