A chuva continua...
A chuva abundante não impediu o Gregório de comparecer na biblioteca ambulante, apressado para não submergir na água excessiva, mas necessária para dissipar o prolongado estio. O Gregório não tem falta de leitura, as palavras entram nele, como as águas do rio correm sem se deterem até ao oceano. A chuva continua a malhar na terra como há muito não testemunhava, exceptuando o leitor e as duas mulheres que finalizavam a compra de farinhas para os animais, noutro veículo ambulante para o efeito, não havia mais ninguém na rua. A tarde trouxe a bonança, deixou de chover, as cantigas dos pássaros são agora as que se ouvem. Trouxe a confiança para tirar os leitores de suas casas, abeirarem-se da biblioteca ambulante seguindo o exemplo do Gregório, deixarem passar para dentro as histórias.