A corrente que leva
Ao atravessar a ponte apuro que o rio Tejo vai encorpado novamente, as suas águas castanhas, correm velozes ao encontro mais a juzante do oceano Atlântico. A colisão destas duas forças naturais é de uma grande bravura, alívio para todos que dependem de ambas as fontes. Desde montante o rio traz na sua corrente, bastantes nutrientes, absorvidos pela subida e consequente submersão das terras situadas nas suas margens. Estes ao abordarem as águas salgadas, espalham-se no mar imenso, onde a fauna marinha, freneticamente os procura para se sustentar. As terras ficam fertilizadas, originando melhores colheitas, os pescadores têm mais peixe e de melhor qualidade para abastecer os mercados. As viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, têm na biblioteca ambulante a corrente que leva as letras a todas as aldeias longínquas do centro urbano. Também os aldeões as esperam para absorve-las, estruturando-as, causando histórias, contos, romances, tudo o que as letras e seus derivados permitem para crescer e melhorar o seu conhecimento. Espero por vocês na aldeia da Concavada.