A expressão no rosto das ...
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A nuvem de poeira persegue o tractor a fresar a terra, assim como o passado não deixa para trás as memórias. Partilhadas sempre que uma história é lida em voz alta para uma plateia atenta, seguindo o destino das palavras soletradas. A terra ao redor das aldeias da minha terra, transformou-se num mar de palha, cheio de ondas amarelas, de experiências anteriores, manifestando-se à tona do tempo. A expressão no rosto das mulheres, torna-me dependente, sujeito a biblioteca ambulante a esforçar-se para não deixar-mos para trás as aldeias, as pessoas, os leitores ligados às histórias. Ao passado, para estarem bem no presente, sem culpas. A vida é mesmo assim, de altos e baixos, como as ondas, as histórias ficam para sempre, há que saber ouvir, maneiras diferentes de saber. Tornar menos denso o passado, como faz a alfaia agrícola na terra, desbastar a travessia pelo lugar que habitamos. Com sabedoria, venha de onde vier, dos livros, das leituras, através das vozes da Lina e da Ana. Importante, é continuarmos presentes, desbravando as dificuldades, nas palavras difíceis que ouvimos, da ausência destas para exprimirmos