A informar que há tempo para ler...
Foram cinco minutos de notoriedade as histórias, a biblioteca ambulante, atrás a magia acontecia, espontaneamente as crianças alheadas do que as rodeava, escutavam as histórias escolhidas por elas, lidas pela Sílvia e a Celeste. As palavras foram preparadas mil vezes , alinhadas aguardavam, nunca mais, a delonga aumentou a desinquietação, de repente, cinco, quatro, três, dois, um, e agora. As palavras arrumadas começaram a desorganizarem-se, queriam passar à frente uma das outras, sem sentido, não, pensou o viajante das viagens e andanças. A estrada é esta, devagar e assertivas sairam às questões da Joana, a mensagem estava no ar. Os cinco minutos pareciam cinquenta, nunca mais terminavam, não via mais ninguém, só eu e a Joana numa campânula para me proteger. No fim o alívio, mas também a incerteza se tudo tinha acontecido bem, não foi preciso muito tempo, as saudações de quem se aproximava demonstraram que afinal não foi mau como eu desconfiava. A biblioteca ambulante, as histórias e as suas pessoas, demonstraram que é necessário continuar a viajar com as letras, a informar que há tempo para ler.