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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O apego obstinado da chuva, traz poucos leitores, em contrapartida a charneca, os solos, recompensarão a capacidade de armazenar e conduzir águas subterrâneas para os poços, minas e nascentes. A vida volta a desenvolver-se no campo, é importante repor a normalidade nas gentes que têm na terra o seu sustento. A biblioteca ambulante testemunha os lamentos da falta que tem feito a chuva, a perversidade do sol queimando frutos e legumes, a ausência da água secando raízes, sequelas terminais na subsistência das pessoas. Sem conseguirem opor-se, foi nas histórias que alguns conseguiram a tábua de salvação. A leitura afastou a preocupação, aprenderam a contemporizar esta situação menos boa, voltarão com novidades. As couves que atulharão as travessas a par do bacalhau no Natal, estão hirtas, com os pés bem assentes na terra. Alegria estampada nos rostos sulcados pelas rugas de uma vida passada debaixo do sol, ao frio, a remediar a terra.