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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A neblina encerrou o sol não sei onde, na estrada mal se vê quem vai adiante e quem vem no sentido contrário. São as luzes apressadas que avisam a biblioteca ambulante que não está isolada no caminho em direcção às aldeias da minha terra. Finalmente o outono fintou o verão, será para ficar, é isso que não sei ainda. Na biblioteca ambulante já vão acomodadas histórias sobre o outono, palavras  quentes para saborear debaixo de uma manta, ao calor da lareira. Abrindo as páginas deparamos com mudanças, são imensas as tonalidades das folhas no chão, após o vento as tirar das árvores e agir como um tecelão, entrelaçando-as de modo a formarem um amplo tapete colorido. As aventuras no outono com os pássaros a migrarem para sul à procura do calor, os animais silvestres procurando casa e alimento para resistirem ao inverno. A castanha no outono procura ser a personagem principal em muitas histórias, assadas e cozidas, degustadas para alimentarem a alma. As lebres castanhas, a pequena e a grande  não se cansam de andarem aos saltinhos na charneca atrás das folhas sopradas pelo vento, a fugir das bruxas montadas em vassouras, evitando  abóboras que viraram gente. A magia nas palavras do outono a enfeitiçar as pessoas que não conseguem estar ausentes de as lerem.

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