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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Absorto, quase dei um salto do banco, na biblioteca ambulante. Uma mulher deu-me a saudação, ao passar próximo, consolidou, em voz alta, há pessoas na aldeia. Afastou a dormência, tentando conquistar-me, a seguir apareceram outras, saindo do café, apressadas para chegarem a suas casas. Está calor, as histórias não são importantes para a solidez social destas, nem o olhar desviaram, na aldeia não se passava nada. A sombra das casas em Alvega, abrigou a biblioteca ambulante com as suas histórias. As portas abriram-se todas, sem pedir licença, o ar fresco começou a entrar e a sair. Nesta corrente, juntaram-se, o chilrear dos pássaros, o som dos motores dos automóveis, as vozes de pessoas ao longe. Iniciou-se uma dinâmica que pode capturar futuros leitores na biblioteca ambulante. Sem obstáculos entrariam as histórias da aldeia, narradas pelos aldeões, na boleia, sairiam outras do universo da biblioteca. Os automóveis, precedentes de outros lugares parariam, deixando os passageiros, entrariam leitores no recomeço das viagens. Os pássaros cessariam as melodias, levariam nos bicos, letras para alimentarem os filhotes nos ninhos. Não quero fechar as portas da biblioteca ambulante, quero estar na corrente, explorar a vantagem das palavras a entrarem e a saírem.