A teimosia do calor ...
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Outro dia soalheiro ajudando aqueles que desempenham os trabalhos no campo. Cortam-se troncos, ramos espessos, transformando-os em lascas de lenha. Utilizadas na lareira, aquecendo os lares nos dias frios do inverno, mesmo nos mais agrestes que o outono também traz. Nestes dias o fogo é rei, dá ordens para que o alimentem, mantendo assim a festa, as faúlhas dançando, ao som, dos ritmos dos estalidos da lenha. O silêncio é quebrado pelo barulho da combustão, o clarão é uma presença assídua, do raiar do dia, ao meterem-se na cama. Melhor seria uma história estar no lugar certo, no momento em que é necessário abrir a porta, deixar passar sem entraves a fantasia descrita nas palavras. Muitos dias são passados nas aldeias, alimentados pelo fogo, apaixonados pelas letras, suportando o isolamento no calor intenso das histórias. A teimosia do calor não permite a imposição dos dias tristes na meteorologia, e brilhantes na leitura. Vamos esperar que as passageiras do vento se unam fortemente para esvaziarem as águas. Como os tinteiros, esgotam a tinta no calor da escrita de uma história.