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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

A vida por um fio ...

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As nuvens capturam a manhã como quem esfrega um olho, mais difícil é conquistar leitores, os meios desenvolvidos para o sucesso são quase sempre rituais de namoro. Paragens ardilosas, abordar as histórias tal e qual o comandante de um navio amarra a sua embarcação a outra, para alcançar o futuro leitor. Com os pés assentes onde é possível consultar, ler e levar emprestado, o provável leitor envolve-se num turbilhão de palavras. Submergindo num embaraço de fios onde se prendem letras, pelas quais  se  orienta e progride no emaranhado condutor de histórias. Puxando-o para o meio, as palavras seguidas umas atrás das outras asfixiam-no de mistério, de amores e desamores, de fantasias. Um mundo desconhecido, vinte mil léguas a perder de vista, muito para explorar, para aprender, basta seguir um fio, a história termina na orla de uma terra de todos que partilham a sucessão contínua de palavras. A vida por um fio, a condição de quem lê e não lê.