Abraçam as histórias...
Rostos apreensivos, a chuva quase a chegar, uns minutos para além da hora prevista, considerei imediatamente, calma, a biblioteca ambulante não atinge a velocidade do comboio anunciado ontem com grande aparato. Longe das terras junto ao mar, no fim do mundo, de apeadeiros desocupados, há veículos transformados em bibliotecas com rodas que levam livros às pessoas. Querem melhor, o tal comboio não é nada, comparado com o respeito e apoio prestado às pessoas das aldeias do interior na promoção da leitura. Finalmente estacionada a biblioteca ambulante abriu portas, entraram de rompante, de rostos tranquilos e sorridentes, para não se molharem com os primeiros pingos, o espaço encolheu. Abraçam as histórias, por aqui a saudade anda devagar, não se esgota de um momento para o outro, a biblioteca ambulante demora-se para receber pessoas, dar dedicação, elas gostam de sentir, de permanecer, de ler.