Abrantinos e forasteiros
Estacionado na biblioteca ambulante na parte superior da aldeia da Bairrada, onde as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra me trouxeram, a ramagem do arvoredo oscila de um lado para o outro. Lá em baixo o rio teima em esvaziar as suas barrigas de água. Mais alguns dias e o calor instala-se definitavamente na estação que lhe pertence, os refúgios aprazíveis das suas margens, necessitam que a água perca influência, para que surjam as praias fluviáveis. Nelas os abrantinos e forasteiros irão passar horas de lazer, aproveitando o sol e a calmaria da água temperada, livrando-se da fadiga dos dias de trabalho. Na profundidade das águas nadam saudáveis espécies de peixes, muitos deles acabando nas grelhas dos assadores que os cozinham, provocando inúmeros convívios gastronómicos.