Águas do rio despegam-se
Finalmente as águas do rio despegam-se do longo abraço às sua margens, deixam o seu leito materno ao encontro das águas do rio Ibérico. De mãos dadas as duas vão lançar-se na vasta extensão de água salgada do Atlântico, com elas também vai uma porção de todos nós, os que povoamos os territórios atravessados por elas, adoptando-as como recurso económico. Noutras épocas outros partiram nelas à descoberta de terras novas, foram autênticas estradas fluviais. Na estrada de asfalto onde as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra me trouxeram até à aldeia das Fontes, limpa-se a mata, na minha opinião, reduz pouco o início de qualquer catástrofe que possa surgir. Preocupante, é a limpeza realizada na demografia destes territórios, principal factor de manifestações de calamidades na actualidade.