Ansiosas do fim dos enredos
As águas de uma das muitas extensões do rio Zêzere beijam os alicerces das casas no lugar de Sentieiras do Souto, o viajante das viagens e andanças na biblioteca ambulante, ao atravessar a rua estreita e mais importante quase molha a mão quando estende o braço. O rio fica para trás com as suas histórias, as outras continuam na subida íngreme na direcção da aldeia das Fontes. Altaneira de gentes simpáticas, situada defronte do rio, onde este se deforma, engordando excessivamente, originando panoramas grandiosos. É nestas aldeias e panoramas que as histórias se desobrigam dos seus lugares nas prateleiras, ganham independência nas mãos rudes, e carinhosas quando ultrapassam as páginas, ansiosas do fim dos enredos.