As folhas de papel ...
Deixei para trás as amendoeiras, não estão ainda naquele tempo breve das suas folhas atraírem os olhares dos forasteiros, como eu. Puxar da máquina fotográfica e deixarmos estar o dedo a premir o botão, advinhando o melhor disparo que colocará a fotografia eleita publicada numa qualquer rede social. Continuei a viagem na biblioteca ambulante a calcular a quantidade de água necessária absorvida para regar o intensivo amendoal. As folhas de papel em branco também sorvem imensamente os depósitos das canetas para as histórias evoluirem, letra a letra, palavra a palavra, acertando frases, estradas de criativade sempre a consumir a tinta. Os frutos gerados, alimentados pelo líquido de cor com que os escritores escrevem são postos nas bibliotecas, pomares com variadas árvores para satisfazerem leitores famintos, com ambição de beberem o sumo da tinta.