As histórias precisam de leitores
A meteorologia previu e não se enganou, a chuva está aí novamente, e com ela o frio, que deixa qualquer um desprotegido que não se tenha precavido no vestuário. Estão oito graus centígrados, mais logo, pouco mais estarão nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Pelo menos, o viajante das viagens e andanças tem esperança de um, ou outro leitor, surjam nas aldeias de Martinchel e Carvalhal, as histórias não se intimidam, foram escritas para serem lidas em qualquer circunstância, haja leitores para tantas histórias. Um aroma intenso a café começa a assenhorear-se do interior da biblioteca ambulante, o ambiente está perfeito, gosto das tardes de Outono, turvas, aptece-me partilhar o café com uma história. Em Martinchel o tráfego rodoviário, como sempre, não abranda nesta aldeia, as histórias precisam de leitores que desapertassem o seu tempo na biblioteca ambulante, nas histórias, nas acessiblidades, nas aceitabilidades. Alargariam o conhecimento, a experiência, a competência em relação a variados assuntos e temas, viam afinal, que a coexistência no isolamento não é maldita. A tarde está a fugir, não posso perder a aldeia do Carvalhal.