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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Sopra um vento frio, as histórias nos seus lugares apostam na união, a roçar umas nas outras, rapinam enredos mais quentes de umas para partilhar com outras mais frias, equilibrando assim a temperatura nas estantes da biblioteca ambulante. «Histórias de verão, Contos de Inverno» do escritor David Lodge; «Contos de inverno, ou Novos contos de inverno» da escritora Karen Blixen; «Verão quente» do  Domingos Amaral; ou a mais recente história do escritor João Tordo, «A noite em que o verão acabou». São exemplos em como as histórias sobrevivem perante os infortúnios dos fenómenos atmosféricos. Na biblioteca ambulante, o viajante das viagens e andanças, face às mesmas adversidades, cobre o corpo com vestuário adequado, camisolas de lã, blusão ou casaco, tem dias em que coloca luvas, deixando de fora as pontas dos dedos, para ter liberdade para manusear as histórias, ou escrever, meias grossas para proteger os pés, de vez em quando não chega, isto no inverno. No verão, são as bermudas as favoritas, os pólos de algodão, as camisas de meia manga, mas ainda assim não se livra do líquido secretado pelas glândulas sudoríparas, apesar da água fresca ingerida ajudar.