As histórias voltarão...
Há festa na aldeia, no Souto os preparativos avançam na montagem do palco que irá receber os artistas. Entre diálogos animados, gargalhadas à mistura, idas ao bar da associação para matarem a sede, debaixo do sol que já expressa tirania, andam voluntários, quem pertence à comissão organizadora da romaria, de tronco descoberto, transportando aos ombros compridos tubos. As alvenarias que cercam as casas à beira da rua que leva as pessoas à festa, caiadas de um branco imaculado. A população aumentou que o digam os automóveis estacionados, muitos matriculados em vários países europeus. Pressinto a quantidade de histórias que serão narradas pelos que chegam, pelos que continuam, sentados à mesa degustando refeições requintadas, a ocasião exige. Regressar ao passado, aos que já não podem estar presentes, a oralidade no seu melhor entre velhos e novos, aproveitar ao máximo a família. A biblioteca ambulante despede-se da aldeia com um sentimento de satisfação, os leitores não compareceram, estão felizes, as histórias voltarão, eles também.