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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Estão na esplanada do café do Vicente, não consigo ouvir o que falam, não tenho superioridade auditiva para isso. A biblioteca ambulante não está longe, avisto-os, avistam-me, a curiosidade não os estimula a aproximarem-se das histórias, será a leitura enfadonha? saberão ler? Uma e outra não são motivo para negligenciar o oferecimento da biblioteca ambulante. Pela aparência cresceram num tempo onde os livros eram substituídos pelo trabalho no campo. A escola foi a necessária, outros nem isso mereceram. Estão totalmente desacostumados das letras, do quanto é airoso uni-las dando aso à imaginação a construir textos. Desusados de os lerem, o manuseio das brochuras torna-se difícil nas suas mãos rudes. Há momentos em que o viajante das viagens e andanças se consome em inúmeras questões,  já não sabe o número de viagens pelas aldeias da sua terra que realizou, e continua a saber a pouco os que se submetem à leitura e a tudo o que deriva da escrita.