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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A chuva que está desabando na estrada podiam ser palavras, uma compilação de escrita, de oralidade. Simultaneamente a neblina não consente muita visibilidade, mais parece um mata-borrão a estancar a água escorrendo em todo o lado. Esta torrente tem um sentido, formam-se palavras apressadas, as próximas ou incompatíveis umas com as outras, todas galgam a charneca aos trambolhões na mesma direcção. Todas querem chegar umas à frente das outras, uma corrida desenfreada para serem usadas no arranque das histórias. A biblioteca ambulante com a porta grande aberta recolhe-as tal e qual  uma baleia alimentando-se do krill, podemos chamar-lhe reservatório, onde as palavras entram para ganharem ordem e vitalidade. Inumeráveis são as palavras iniciando histórias, brilhando nas cantigas, poetizando páginas, provocando desconcerto quando as lemos. Sejam palavreadores apalavrando com a leitura das palavras.

 

 

 

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