Baladas surreais
Baladas surreais, baladas de alívio, do afrouxar das viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Ainda assim com as histórias por perto, sempre as histórias no caminho, em todo o tempo, a toda a hora, livre o viajante das viagens e andanças em qualquer circunstância, não resiste ao apelo, onde quer que estejam, nos lugares mais improváveis, das capas moles, das capas duras, das cores, das ilustrações. Abrir as histórias, pelas narinas o cheiro das tintas frescas da impressão, explorar, ler sem saber o quê, desenredar as folhas, continuar o processo pelas incontáveis histórias, erguidas e deitadas, expostas, convidando olhares a inclinarem. A sedução continua a ponto de instalar a incerteza pela história que escolher desta vez, são tantas, umas de outrora, que nunca se leram, mas que sempre tiveram nas intenções, as que têm de ser lidas neste momento, e as que se gostava de ler mas que têm que aguardar pela sua vez. Sujeitar à vontade da sorte, de as obter num próximo regresso a este santuário de miscelâneas culturais. São viagens descomprometidas dos leitores da biblioteca ambulante, porém de aprendizagem, conhecer aqueles que estão na origem de novas histórias, sobre e o que relatam, quais os alvos que as abrigarão.