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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A manhã ergueu-se com o sol a espreitar quando as nuvens o consentiam, a temperatura não era a mais acolhedora, a vontade muita, do viajante das viagens e andanças. A "Biblioteca à porta", caraterística actual de levar histórias aos leitores, iniciava a viagem pelas ruas do limite urbano da cidade. Não quero dizer com isto que as freguesias rurais estejam excluídas, todas se aglomeram no "Biblioteca à porta", hoje aconteceu dentro do limite urbano. Todos os leitores estão assim reunidos para conseguirem histórias sem se deslocarem às bibliotecas, um método mais espontâneo de quem queira viajar através das histórias. O viajante das viagens e andanças é quase um carteiro, não o da história de Pablo Neruda, mas avisando pelo telemóvel que está perto, que saiam de casa para acolher as histórias. Depois é presenteado com o sorriso do Francisco na foto (autorizada pela mãe), segurando as histórias que pediu. A exemplo do Francisco muitos outros, jovens e adultos, estão impacientes nas aldeias da minha terra para aceitarem os enredos cheios de aventuras e dramas. Não façamos o que fizeram com os nossos avós e pais,  negando-lhes a capacidade de aprenderem mais e melhor. Ler é liberdade para conhecer, recordar, sorrir e chorar, com o que os contadores de histórias escrevem. Já basta a iliteracia informática, permitam que as estruturas vocacionadas à literatura abram as portas, a leitura é um alimento, um remédio para a nossa mente.