Cativam as histórias ...
O vento entra com ímpeto na biblioteca ambulante, a frescura que o acompanha alivia o viajante das viagens e andanças. Ventila as histórias mais empoeiradas pelo debilitado manuseamento das mesmas por parte dos leitores. Demasiadas ausências neste mês, não estão na lista das favoritas dos leitores, ficam sem se mexerem, abandonadas nas estantes, órfãs. Adoptadas são aquelas badaladas nas televisões, nos meios de divulgação, criadas por escritores famosos, quase nunca permanecem nas estantes da biblioteca ambulante. Nos primeiros tempos as reservas são permanentes, são devolvidas, para serem entregues imediatamente a outros leitores desejosos de lhes tocarem. Cativam as histórias como quem agarra um filho pequeno, mimando-as, lendo as primeiras palavras cheios de entusiasmo. Estes movimentos expressados pelos leitores em relação com as histórias fazem-me acreditar cada vez mais da importância da biblioteca na vida das pessoas das aldeias da minha terra.